segunda-feira, 16 de março de 2009

Apelo

caros visitantes

O João Paulo é um homem de excelente caráter que tem travado uma luta pelo bem estar de seu filho adotivo, na certeza – por inúmeras e justas razões – de que é aqui no Brasil, neste momento, que o Sean poderá viver melhor e ser feliz. Com certeza, a nossa querida Bruna, lá do Céu, está orgulhosa do seu marido. Nós todos estamos.

O tempo todo se procurou evitar a mídia a fim de preservar a privacidade do Sean, com quem eu, minha mulher e meus filhos temos tido a oportunidade de conviver mesmo morando em São Paulo e que, apesar da perda recente de sua mãe, se mantém firme. Afinal de contas, o Sean é brasileiro e não desiste nunca.

Por outro lado, o ex-modelo, pai biológico do Sean, sem querer preservar nada e depois de ter praticamente “sumido” por vários anos, se aproveita do trágico falecimento da Bruna e se utiliza de poderosos instrumentos da mídia com mentiras e superficialidades, apelando para que todos tenham “peninha” dele. Pobre coitado do americano com cara de chorão que não deve ter feito nada para ser abandonado nos EUA. Mentiroso! Não dá para acreditar no discurso desse cara. Ontem mesmo no Fantástico ele mentiu, pois eu mesmo presenciei no Natal a abertura de uma caixa de brinquedos que havia chegado dos EUA para o Sean, com um frio cartão.

Caso vocês tenham um tempinho, leiam a carta do João Paulo para o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, a seguir que esclarece muito bem o assunto. Peço, também, a grande gentileza de enviarem essa mensagem para os seus amigos. Reforço que o João Paulo é um homem sério, que ama e cuida muito bem do Sean e da Chiara, os seus dois filhos. O Sean é brasileiro, ama o Brasil, vamos ajudar a mantê-lo aqui até que ele possa decidir por si mesmo.

Vamos mostrar nosso repúdio contra esse americano enganador que quer transformar a relação entre pai e filho em show business!

Obrigado e um forte abraço.

Carta : conselho nacional da criança e do adolescente

Mesmo que já tenha me formado há mais de 10 anos na Faculdade de Direito da
Pontifícia Universidade Católica, escrevo essas linhas não como advogado
militante mas como pai de duas amadas crianças, e viúvo aos 35 anos de
idade. Tal razão justifica a maneira menos formal que minhas razões são
apresentadas emocionadas já que não poderia funcionar como advogado sem
emoção nem parte só com a razão.

Convivi e fui oficialmente casado com Bruna Bianchi Carneiro Ribeiro Lins e
Silva por 4 anos e meio.

Bruna estudou Comunicação na PUC-Rio. Após se formar foi fazer seus cursos
de pós-graduação e mestrado em Moda, exatamente em Milão, Itália. No fim do
seu curso final, após uma longa temporada de 4 anos, conheceu um
norte-americano de nome David George Goldman, que estava hospedad o do mesmo
edifício onde Bruna morava, e que ali se encontrava como modelo. Logo apos
alguns meses de contato, começaram a namorar, no estilo namoro por
distância, já que o norte-americano morava nos Estados Unidos da América, e
não tinha disponibilidade nem era mais convidado para desfilar com tanta
intensidade por conta da sua idade.

O namoro durou alguns meses. Durante este período Bruna viajou aos Estados
Unidos e com seu namorado americano viajaram para o Canadá.

Dois meses depois de seu retorno para Milão, Bruna descobriu que estava
grávida do namorado norte-americano, o que teria acontecido durante a viagem
ao Canadá. Bruna anunciou o fato ao namorado e à família. Por mais que o
contato entre os namorados eram raros diante da distancia, e com a vontade
de ser mãe se aflorando, resolveu Bruna abdicar da Europa e se mudou para
New Jersey, nos Estados Unid os, com o objetivo de dar ao filho a chance de
ter uma família.

Bruna, infelizmente, não poderia imaginar o sofrimento que estava por vir.

Passo aqui a relatar fatos muito pessoais que só um marido ou pessoas muito
próximas poderiam de fato saber.

O namoro que funcionara à distancia, até então, se tornou uma tragédia. O
namorado, que viria a se tornar marido por conta da gravidez não mais tocava
em sua mulher. Durante todo o período de gravidez, inclusive na lua-de-mel,
que acontecera tardiamente, e com Bruna grávida, não houve qualquer relação
intima entre o casal.

Durante os últimos 3 anos de vida em comum, Bruna dormia em quarto separado
de seu ex-marido. Vivia angustiada, em profunda depressão, chorando
diariamente. As brigas eram comuns e assistidas pelo pequeno Sean, nascido
em 2000 nos EUA mas registrado no Consulado Brasileiro e no 1o Reg istro
Civil de Pessoas Naturais do Rio de Janeiro. Importante destacar que tal
registro no Consulado Brasileiro ocorreu três meses após o nascimento de
Sean, tornando-o cidadão brasileiro como todos nós, com todos os direitos e
deveres de um cidadão nato, que quando completar a maioridade poderá optar
por ser brasileiro ou americano. Até então permanecerá com ambas as
nacionalidades, sem que uma se sobreponha a outra ou que ele seja mais
brasileiro do que americano, e vice-versa.

David, nesta altura, e por conta da idade, não mais conseguia emprego e
raramente conseguia algum dinheiro. Ficava em casa praticamente o dia todo,
se preocupando em construir e consertar a casa. Bruna trabalhava o dia todo
dando aulas de italiano em escolas primárias e era quem abastecia a casa com
a alimentação e os custos gerais. Não obstante, e sabendo da situação, a
família de Bruna auxiliava enviando dinheiro para que a família pudesse ter
uma vida digna.

Até o seguro de saúde era pago por Bruna, já que seu ex-marido não auferia
qualquer renda. Viviam num mundo de aparências, onde para alguns a vida era
ótima, mas dentro de casa tudo era um inferno.

A situação chegou ao máximo no momento em que Sean, com quase completos 4
anos de idade, chamou sua avó materna, muito triste, para narrar que sua mãe
não gostava dele porque ficava o dia todo fora de casa, e que quem gostava
dele era seu pai, porque era ele quem o cuidava. Pediu para guardar o
segredo. Perguntado quem teria dito tamanha barbaridade para uma criança,
Sean respondeu que tinha sido David.

Estarrecida, a avó materna contou à filha o triste episódio. Bruna, que já
se encontrava no Brasil com Sean, por conta de férias, decidiu terminar o
casamento, que de fato já não existia há mais de 4 anos. Era infeliz,
depressiva, tinha um marido vagabundo, que não desejava como mulher desde a
gravidez, e se via obrigada a trabalhar o dia todo para exclusivamente
sustentar a casa.

Decidiu não mais retornar aos EUA e terminar seu infeliz casamento.

Ligou para seu ex-marido, disse que estava infeliz, que não queria mais
retornar, ofereceu-lhe passagem para vir imediatamente ao Brasil para
conversarem e resolverem suas vidas. Nada aconteceu. O americano recusou as
passagens, a estadia, e disse que no Brasil não pisaria.

Bruna, não restando outra alternativa, procurou informações com um advogado
especializado para saber sobre sua situação. Imediatamente, e ainda durante
o prazo autorizado pelo americano para Bruna aqui ficar em conjunto com seu
filho, requereu perante a Justiça Brasileira a guarda provisória de Sean,
que foi prontamen te concedida.

O americano, por sua vez, não mais se interessou em conversar com Bruna
amigavelmente. Procurou um escritório de São Paulo e através dos mesmos
ingressou, meses apos a vinda de Bruna, com uma ação alegando sequestro
internacional!! Como se a mãe pudesse pedir resgate ou estar em lugar não
sabido. O teórico resgate viria sim, mas de uma forma inversa, como será
narrado em breve.

Neste processo perante a Vara de Família da Comarca do Rio de Janeiro, o
americano devidamente contestou o pedido. Perdeu em 1a Instância e recorreu
ao Tribunal Estadual. Novamente foi infeliz. Tentou um recurso ao STJ, onde
não foi aceito e não mais recorreu, fazendo com que o processo transitasse
em julgado.

No processo em curso perante a Vara Federal, onde é autor o americano, este
mesmo perdeu em 1a Instância, em 2a Instância e novamente o fato se repetiu
perante o Superior Tribunal de Justiça, onde se entendeu que antes de
qualquer lei prevalece o maior interesse do menor, e neste caso, era que
ficasse no Brasil e com sua mãe.

Neste momento é importante abrir um espaço.

Reencontrei Bruna por uma amiga comum dos tempos de faculdade, logo apos o
seu retorno dos EUA. Nesta época eu me encontrava separado do meu primeiro
casamento.

Tivemos histórias semelhantes, não fomos felizes nos nossos casamentos por
alguns motivos muito parecidos, e talvez pela experiência de vida
entendíamos muito bem um ao outro.

Em menos de 6 meses após nosso reencontro já estávamos morando juntos. E
nunca imaginei o quanto poderia ser feliz como fui ao lado de Bruna.

Por alguma razão que pode ser explicada, a vida nos colocou ao lado por três
vezes, sem que nas duas primeiras pudéssemos ficar juntos de fato. A últi ma
tivemos a certeza que éramos feitos para ficar juntos para sempre.

Bruna me dizia a todo tempo que eu era o “marido que ela escolheu”.
Namorávamos o tempo todo e nunca houve um momento de tristeza.

Sean tinha uma participação mais do que especial em nossas vidas. Desde
nosso primeiro contato fizemos de forma que ele aceitasse a situação. Foi
ele quem trouxe o primeiro presente de Dia dos Namorados para mim,
espontaneamente. Meu relacionamento com Bruna nunca ficaria acima ou seria
comparado ao relacionamento entre mãe e filho, por isso administrávamos da
melhor forma possível pensando no bem-estar de Sean.

Nosso envolvimento como família era tão grande e tão natural que Sean passou
a me chamar de PAI. Foi desejo dele, particular, e com muito orgulho e
carinho recebi esse presente. Nossa relação, independentemente da
nomenclatura, funcionava como p ai e filho: sempre participei de todas as
reuniões de pais na escola, fazíamos juntos os deveres de casa, colocava
para dormir, atos comuns entre pais e filhos.

E fazia por amor. Sean é o filho que não tive do meu primeiro casamento.
Nossa relação sempre foi muito forte, de conversa, de carinho, de ensino, de
orientação, apoio e proteção.

Desde o primeiro dia que ficamos juntos e optamos em constituir uma família,
se tornou minha exclusiva obrigação custear minha família. Me tornei
responsável pelo pagamento dos custos de empregada, alimentação, moradia,
estudo e lazer. Viajávamos sempre. Sean p�?de conhecer a Europa do meu lado,
e se encantar por Paris e a EuroDisney.

Tivemos por longos 4 anos e meio a melhor família do mundo, onde tudo era
carinho, afago, respeito. Nunca houve uma briga, um choro, um momento de
tristeza.

Bruna, que ta mbém registrara seu casamento norte-americano no Brasil,
requereu o divórcio perante a Justiça Brasileira, ato em de acordo com a
legislação. O americano foi formalmente citado por um Oficial de Justiça em
Brasília. Bruna se divorciou e permitiu que finalmente pudéssemos nos casar
oficialmente. Nosso casamento ocorreu no dia 1 de setembro de 2007.

Na ocasião, assinaram a certidão de casamento a Bruna, eu, as testemunhas,
como manda a lei, e, num ato puro de espontaneidade, Sean também pediu para
assinar, fato que muito nos comoveu, e que está na certidão do cartório bem
como comprovada pelas fotos da ocasião. Sean, ali, atestava e aprovava nossa
união.

Quatro meses após o casamento, Bruna novamente engravidou. Eu gostaria muito
que tivesse sido antes, mas ela questionava, dizendo que dessa vez gostaria
de estar grávida após casar formalmente, para não acharem q ue ela só casava
quando engravidava.

Bruna teve uma gravidez perfeita, sem qualquer problema aparente. Sean
acompanhou o crescimento da barriga da mãe diariamente. Ficamos muito
felizes com a notícia de ser uma menina.

Com todo o seu talento, Bruna se tornou empresaria da moda infanto-juvenil e
abriu um negocio de muito sucesso, uma loja para meninas chamada BISI. O
sonho de ter uma menina se concretizava e ela dizia que faria as roupas
pensando na filha. Em 4 anos montamos quatro lojas nos melhores pontos do
Rio de Janeiro.

Programada para nascer dia 21 de agosto de 2008, Chiara resolveu nascer no
dia. O parto aparentemente ocorreu sem problemas. Infelizmente ocorreram
complicações e falhas que não merecem destaque neste momento.

Minha amada Bruna, minha vida, e mãe dos meus filhos, faleceu na madrugada
do dia 22 de agosto, horas apos dar à luz a nossa filha Chiara. Me deixou
com os dois maiores presentes da vida: Sean e Chiara. Bruna faleceu com 34
anos.

Sean – CIDADÃO BRASILEIRO – encontra-se no Brasil desde junho de 2004.
Encontra-se no Brasil mais tempo do que viveu fora, sem levar em conta o
tempo quando é muito bebê e ainda não tem tanta referência.

Sean encontra-se sob meus cuidados desde meados de janeiro de 2005, numa
relação de pai e filho. Fala, hoje, muito pouco de inglês, e reconhece sua
família – seu apoio e núcleo familiar – em mim como seu pai afetivo e sua
irmã, maior referência biológica da mãe.

Durante todos esses anos, o norte-americano não nos procurou um dia sequer.
No primeiro ano de permanência no Brasil, ligou para Sean raras vezes,
talvez duas, em datas como aniversário e Natal. Nos últimos dois
aniversários, Sean não recebeu nenhum telefonema, sendo que e m 2007 e 2008
não recebemos qualquer contato por telefone.

Se limitava nos primeiros dois anos a enviar emails para a conta de minha
mulher, em inglês, para uma criança que ainda nem estava alfabetizada em
português. Recebemos umas duas vezes alguns presentes, enviados pela avó
paterna, com simples carta assinada pela avó, exclusivamente.

Durante todo o tempo o americano diz ter estado no Brasil 4 ou 5 vezes. Em
nenhuma dessas ocasiões nos procurou, formalmente ou informalmente. Nunca
requereu visita através da Justiça, apesar de ter contestado o pedido de
guarda, de ter tomado a iniciativa judicial no Brasil. De fato soubemos da
presença dele por conta de nossos advogados, que com ele estiveram no dia de
julgamento.

Soubemos também que ele esteve presente nos tribunais procurando fazer lobby
com alguns desembargadores. Repito: em nenhum momento ao menos li gou para
nossa casa avisando que aqui se encontrava. Preferiu visitar os julgadores a
Sean.

Logo apos o falecimento da minha amada mulher, tomei a iniciativa judicial
requerendo a guarda provisória de Sean, com quem já cuidava e mantinha
relacionamento de pai – filho há mais de 4 anos. Recebi a guarda provisória
após concordância do Ministério Público Estadual a meu favor.

Infelizmente não pude imaginar o que estava por vir. Logo apos a missa de
sétimo dia de Bruna, recebi a notícia de que o americano se encontrava no
Brasil, e que teria feito contato através dos advogados.

Minha pergunta: TERIA ELE APARECIDO SE BRUNA NÃO TIVESSE MORRIDO???

Pelo histórico é lógico que não.

Mesmo sem ter feito um contato visual nos últimos 4 anos e meio, resolveu
procurar o filho biológico. O pedido foi feito através do Juízo de família,
que, por experiência e acompanhando o entendimento do Ministério Público
negou a visita, temporariamente, tendo em vista o momento de dor da família
e sua ausência depois de tantos anos. Entendeu que tal visita deveria
ocorrer apos estudos sociais e psicológicos, tudo em prol do interesse de
Sean.

Após essa decisão judicial, nossa vida se tornou um inferno.

Tal americano contratou, através de seus advogados, uma assessoria de
imprensa, apesar do processo todo correr em segredo de Justiça. Começou a
divulgar uma versão mentirosa à imprensa brasileira, como se a vida nos EUA
tivesse sido um conto de fadas. Divulgou que teria vindo inúmeras vezes ao
Brasil e que a “família teria impedido o acesso”. Chamou a Bruna de bígama,
de adultera, de sequestradora de criança – mesmo apos sucessivos
julgamentos – e sem que a própria Bruna pudesse ao menos se defender.

Divulgou uma carta na internet onde acusava a Justiça brasileira de
corrupta, que teríamos pago todos os julgadores, e que nossos tribunais não
mereciam crédito.

Tremendo absurdo!

Não é só isso. No retorno aos EUA procurou a imprensa de seu país. Divulgou
a matéria toda, deu entrevista contando sua versão mentirosa dos fatos.
Divulgou meu nome e de minha família, me chamando de sequestrador de
criança.

Criou um site na internet onde divulga sua versão, existindo um link para
onde as pessoas têm acesso ao meu email e do meu pai e que a partir dali
podem me escrever me caluniando. Recebi centenas de emails, me mandando
queimar no inferno, que sou bandido. Juntamente com o link, apresentou uma
série de emails da Embaixada Brasileira, dos tribunais, do Poder Executivo,
fazendo pressão através da opinião pública americana para que tomassem
providências políticas contra mim e contra minha família, tendo como
pretexto o retorno de Sean aos EUA, após 4 anos e meio sem nada fazer.

SE NÃO BASTASSE, O AMERICANO PEDE EM SEU SITE DOAÇÕES FINANCEIRAS ONDE SE
ACEITA TODOS OS CARTÕES DE CRÉDITO!!!

Se não bastasse criou produtos com o rosto de Sean ainda aos 2 anos de idade
que serve para estampar canecas, aventais de cozinha, camisetas de todos os
modelos com dizeres que o Brasil não cumpre a lei, que Sean quer voltar ao
pais dele etc, fatos completamente absurdos e apelativos que servem como
ganha-pão para sustentar o americano que não tem emprego.

Importante mencionar que ele diz nunca ligar porque supostamente a família
não aceitaria ligações a cobrar. Como pode então querer sustentar uma
criança que pouco se lembra de seu passado americano, se nem dinheiro tem
para ligar para seu filho biológico?<>
Alem disso, entrou no Orkut, comunidade da internet comum entre os jovens
brasileiros, e na comunidade criada por crianças que apreciam a loja de
minha mulher, começou a divulgar vídeos e fotos acusando a Bruna de
sequestradora, enviando tais documentos para CRIANÇAS brasileiras, sem medir
as consequências ou avaliar a gravidade de seu ato!

Repare que se estivesse realmente sofrendo ou interessado não teria começado
a gritar 4 anos e meio depois. Teria feito na semana seguinte da vinda de
Bruna ao Brasil!!!

O americano aparenta cheio de boas intenções. Porém não divulga à imprensa
brasileira, nem à do seu país, nem muito menos no seu site, que ACUSOU MEUS
SOGROS DE CONIVENTES COM UM SUPOSTO SEQUESTRO INTERNACIONAL, EM AÇÃO MOVIDA
NOS ESTADOS UNIDOS, E QUE LÁ REALIZOU UM ACORDO PERANTE O JUÍZO ONDE RETIROU
A RECLAMAÇÃO PELA LINDA CIFRA DE US$150.000 ,00 (CENTO E CINQUENTA MIL
DÓLARES)!!! Tudo devidamente homologado perante um Juiz americano!

Repito: teria aparecido o sujeito se Bruna não tivesse morrido??? NUNCA!!!
Veio porque sentiu cheiro de dinheiro, tendo em vista a eventual herança que
poderá Sean receber.

É importante destacar que durante todos esses 4 anos e meio o americano não
nos enviou UM CENTAVO SEQUER. Todo o custo de Sean foi bancado por mim e por
Bruna. Não tomamos a iniciativa de cobrar alimentos, não há qualquer ação
deste tipo. Como também não há qualquer ação visando e requerendo visitar
Sean. Então porque depois de 4 anos e meio??? Só porque a Bruna morreu? Não
ficou satisfeito com o acordo?

O americano também não diz que mora numa casa que foi comprada com dinheiro
da Bruna. Vive em teto que não é só dele gratuitamente. Não conta que
falsificou a assinatura de Bruna e m vários cheques da conta corrente para
ter acesso ao dinheiro por ela deixado quando retornou ao Brasil. Nada disso
divulga.

Muito pelo contrário, faz cara de triste, de pai biológico prejudicado.
Infelizmente sua atuação comoveu o governo americano, que começou a
pressionar o Autoridade Central Brasileira. Motivada por razões que
desconheço, a Secretaria de Direitos Humanos do MEU PAÍS forçou a União,
através da Advocacia Geral da União, que é sustentada pelo nossos impostos,
que tomasse uma iniciativa judicial.

Hoje sou RÉU DE UM PROCESSO MOVIDO CONTRA A UNIÃO ONDE SE PLEITEIA O RETORNO
DE SEAN E VISITAÇÃO EM FAVOR DE UM NORTE-AMERICANO!!!!! Mesmo que o pedido
tenha sido feito perante o Juízo de Família e mesmo que o pedido de retorno
se repete, cujo mérito já foi julgado pelo STJ!!! A União pleiteia um
direito em favor PARTICULAR de UM AMERICANO CONTRA UM BRASILEIRO que vem
sendo massacrado pela imprensa, que não dorme com calma, que se vê obrigado
a requerer à Justiça liminares para que o assunto não seja mais divulgado
mesmo que esteja protegido pelo segredo de Justiça.

Meu país não pode agir contra um VERDADEIRO PAI BRASILEIRO, A PONTO DE
INTERCEDER NUM ASSUNTO COMPLETAMENTE PARTICULAR. A QUE PONTOS CHEGAMOS????
ESTAMOS ENTÃO SUJEITOS AO INTERESSE ESTRANGEIRO ACIMA, INCLUSIVE DE DECISÕES
DOS NOSSOS TRIBUNAIS?

TERIA EU O MESMO TRATAMENTO SE O FATO OCORRESSE NOS EUA?

Me sinto completamente desamparado. O americano, neste momento, deve estar
criando artimanhas políticas para prejudicar minha família, pessoa esta que
não deveria receber qualquer crédito por ter sido completamente ausente.
Fazer o filho é bom, mas se responsabilizar pelo cuidado e educação requer
mais do que dedicação, e meu amor por Sean não se diferencia do amor que
sinto pela pequena Chiara.

A Bruna era muito querida. Quando faleceu tivemos uma página de jornal com o
anúncio de sua missa. Em seu enterro, que não fora divulgado na imprensa,
tivemos do nosso lado mais de mil amigos. Bruna sempre acreditou no Brasil e
aqui fez sua verdadeira família. Nesta situação nossos tribunais entenderam
que o bem para o Sean era permanecer aqui. Sean hoje tem uma irmã biológica,
e a União, pressionada ou não, parece querer esquecer a decisão de nossa
máxima Corte e, por conta do falecimento da Bruna, pleitear com base em
sequestro, o retorno de Sean aos EUA, depois de estar ele mais tempo no
Brasil. Esquecem que Sean é BRASILEIRO!!! QUE MESMO QUE NÃO TENHA NASCIDO
NESTA TERRA QUERIDA, AMA SEU BRASIL COMO POUCOS.

Não por nossa culpa perdeu o vínculo com os EUA. Não por nosso descuido, não
por nossa ausência. Não podemos agora nos tornar réus, acusados de sermos
sequestradores, de irmos de encontro aos interesses de um norte-americano.
Onde chegamos????? O quanto Sean é mais americano do que brasileiro?? Ou
será que é melhor ser americano?? Até quando pressões políticas servirão de
pretexto para a AGU tomar iniciativa em favor de interesses particulares de
um gringo contra uma LEGÍTIMA FAMÍLIA BRASILEIRA???

Sean, desde o falecimento da mãe, recebe acompanhamento psicológico para
auxiliá-lo no momento difícil. A psicóloga Maria Helena Bartolo sempre foi
categórica em afirmar que Sean, por falta de iniciativa do pai biológico,
perdeu a referência de seu passado americano, por não mais praticar a língua
e por ter vindo muito novo para o Brasil. Sean chegou apos recém-completar 4
anos. Se levarmos em conta que a criança tem pouca ou nenhuma lembrança de <> seus primeiro anos de vida, é claro entender que Sean não consiga se lembrar
de fatos e pessoas – mesmo que parentes – dos EUA.

Segundo a psicóloga, sua lembrança formal é da mãe ao meu lado, num lar
feliz e agradável. Sean viveu ao meu lado praticamente 60% de sua vida,
visto que completará em maio 9 anos de idade, mais tempo do que nos EUA.
Quando questionado sobre sua vida nos EUA, se lembra de pequenos detalhes,
incluindo discussões e brigas que ocorriam com frequência por causa de um
casamento falido.

É importante reforçar que eu, como pai sócio afetivo, só tenho interesse no
bem-estar do meu filho Sean, nada mais do que isso. É massacrante ver sua
imagem inocente em canecas vendidas pela internet onde a receita não se sabe
para onde vai. A figura de Sean é exposta inconsequentente ao mundo, sem que
meçam o mal que isso pode trazer a uma criança e m desenvolvimento. O segredo
de Justiça é desrespeitado diariamente, tendo em vista as fotos e colocações
jogadas na mídia sem qualquer critério, com o único fim de gerar polêmica e
vender jornal.

Qual o objetivo de todos esses ataques contra sua família brasileira? Nunca
houve intenção de impedir o contato e o convívio saudável. Tanto que na
primeira oportunidade ocorrida recentemente, eu, como guardião, ofereci a
visita já ocorrida. A psicóloga de Sean pode testemunhar o fato, e narrou
que Sean se mostrou curioso, mas, após algumas horas, desconfortável. Repete
em suas sessões que quer ter uma vida normal, sem aflições ou riscos de ser
levado do Brasil sem que seja ouvido, que quer ficar com seu pai afetivo que
tanto ama e ao lado de sua irmã, maior referência de sua falecida mãe.
Obviamente que não se nega nem demonstra interesse em não manter contato com o pai biológico, mas que seja de forma equilibrada e saudável.

Porém, existe um real temor da família, por conta de pressões políticas
norte-americanas, via Consulado, para que o interesse do menor seja colocado
em segundo plano. Pouco importa se o pai biológico ficou ausente por 5 anos.
Pouco importa se Sean tem uma irmã biológica. Pouco importa se ele aqui é
amado e quer permanecer no local onde considera como casa, onde frequenta a
escola. Pouco importa que é BRASILEIRO. Estamos efetivamente correndo o
risco de ver nossa lei máxima que respeita, antes de tudo, o maior interesse
do menor, ser violada, rasgada, jogada por terra por interesses políticos
norte-americanos. Querem usar este menino como exemplo. Exemplo de quê? Não
basta ter se tornado órfão aos 8 anos, e agora, ficar na iminência de ser
retirado de sua casa, de seu lar, do convívio com quem reconhece e que m o
cuida há 5 anos, do convívio diário com sua irmã que tanto ama, se seus
avós, tios e amigos?? Onde fica o maior interesse
do menor??? Ou se trata do maior interesse dos EUA, do Embaixador
Americano, de Hillary Clinton?

Nem ao menos sabemos se a versão contada fora do Brasil é verdadeira. Os
fatos são inúmeros e aqui temos milhões de papéis que provam, infelizmente,
o caráter do pai biológico que nunca teve emprego fixo e foi sustentado por
minha mulher durante os anos de casamento. Se utilizando da falta do segredo
de Justiça nos EUA se vende como um coitado, quando na verdade o único
verdadeiramente penalizado nessa historia é Sean, que está no risco de
perder tudo aquilo que realmente o faz se sentir seguro. Sean nem ao menos
fala inglês com segurança ou fluência como tentam apresentar!!!

Com muito medo e no sentido de evitar que os direitos e inter esses de um
filho sejam efetivamente e grosseiramente violados, é que um pai sócio
afetivo – que não fugiu de sua responsabilidade de sustentar um criança pela
maior parte de sua vida única e exclusivamente por AMOR – clama à este
Conselho para que analise e proteja os direitos de uma criança brasileira
que já sofreu o bastante, e que hoje vive angustiada e sofrendo um jogo
político internacional nefasto e inconsequente – cujos interesses políticos
estrangeiros parecem estar acima da nossa lei, e se não bastasse, acima do
interesse maior de uma criança brasileira, ÚNICA VITIMA, que virá a sofrer
sérias consequências emocionais, caso não haja intervenção deste órgão.

Rio de Janeiro, 05 de março de 2009

João Paulo Lins e Silva